O que é Tom Clancy’s Rainbow Six Siege?
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Lançado em 2015, Tom Clancy’s Rainbow Six Siege (R6) é um jogo de tiro tático em primeira pessoa desenvolvido pela Ubisoft Montreal. O título se destaca pelo foco em partidas estratégicas baseadas em cooperação entre jogadores e pela destruição do cenário.
Os jogadores assumem o papel de atacantes ou defensores em diversos modos de jogo, como resgate de reféns, desarmamento de bombas e controle de áreas. Inicialmente disponível para PlayStation 4, Windows e Xbox One, o jogo foi posteriormente adaptado para PlayStation 5 e Xbox Series X/S em dezembro de 2020.
A crítica especializada elogiou o multiplayer tenso e o forte componente tático. Apesar das vendas iniciais modestas, a base de jogadores cresceu expressivamente graças ao modelo de “jogo como serviço” adotado pela Ubisoft e ao lançamento de conteúdos gratuitos.
As atualizações constantes fizeram com que o Siege fosse considerado, por alguns críticos, um dos melhores jogos multiplayer modernos. A parceria com a ESL impulsionou a entrada do título no cenário dos esportes eletrônicos, e em dezembro de 2020, o game já havia ultrapassado a marca de 70 milhões de jogadores registrados em todas as plataformas.
Neste artigo, você poderá saber mais sobre a trajetória do jogo, a sua mecânica, desenvolvimento, impacto na indústria e algumas curiosidades. Leia até o final para entender porque o Rainbow Six Siege se tornou um marco nos jogos de tiro tático.
Desenvolvimento de Tom Clancy’s Rainbow Six Siege
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O desenvolvimento de Rainbow Six Siege começou em janeiro de 2013 e trilhou um caminho distinto do projeto anterior, Rainbow Six: Patriots. Anunciado em 2011, Patriots apostava fortemente em uma narrativa bem estruturada, mas enfrentou dificuldades devido a um motor gráfico ultrapassado, trocas frequentes na liderança e limitações técnicas dos consoles da sétima geração.
Aproveitando o potencial da nova geração de consoles, a Ubisoft cancelou Patriots e criou uma nova equipe para reimaginar a série. O objetivo era oferecer uma experiência centrada em confrontos intensos entre atacantes e defensores, com o foco exclusivo no modo multiplayer, isso fez com que a campanha solo fosse descartada.
Sob liderança da Ubisoft Montreal e com o apoio de outros estúdios da empresa, o projeto foi inicialmente batizado de Rainbow Six Unbreakable, o que refletia a determinação do time em superar os obstáculos. A autenticidade era uma prioridade.
A equipe estudou operações reais de contraterrorismo, como o cerco à embaixada iraniana em Londres (1980), o sequestro do voo 181 da Lufthansa (1977) e a crise de reféns no teatro de Moscou (2002). Consultas com unidades como o GIGN garantiram uma representação fiel dessas situações.
O sistema de destruição de cenários foi desenvolvido com o motor RealBlast Destruction, o que proporciona efeitos visuais e físicos realistas. A equipe utilizou renderização baseada em física e pistas visuais discretas para aumentar a imersão.
Os pilares centrais do jogo: trabalho em equipe, tática e tensão, influenciaram diversas decisões de design. O respawn foi removido, o que reforçou a importância do planejamento coletivo e da cautela. As “Regras de Ouro 3C”, baseadas em controle do personagem, da câmera e da mira, foram criadas para garantir uma experiência fluida e intuitiva.
Recursos como IA em missões solo, editor de mapas e marcadores de acerto foram descartados para priorizar a jogabilidade realista e competitiva.
Jogabilidade de Tom Clancy’s Rainbow Six Siege
Como jogo de tiro em primeira pessoa, R6 permite aos jogadores escolher entre diversos operadores da equipe Rainbow. Cada operador possui nacionalidade, armas e dispositivos únicos. O jogo é assimétrico, ou seja, as equipes não têm habilidades equivalentes.
Operadores e itens cosméticos podem ser adquiridos com Renown, moeda do jogo obtida ao concluir partidas e desafios. Também é possível usar Créditos R6, adquiridos com dinheiro real, para acelerar esse processo. Boosters aumentam o ganho de Renown temporariamente.
Antes de cada rodada, atacantes e defensores escolhem seus pontos de partida. Os atacantes têm 45 segundos para usar drones e investigar o mapa, enquanto os defensores organizam suas defesas e tentam destruir os drones. A comunicação é essencial, já que não há respawn durante a rodada.
Jogadores eliminados entram no “Modo Suporte”, o que pode ajudar com câmeras e informações. Rodadas duram 3 minutos e 30 segundos no modo casual e 3 minutos no ranqueado.
A destruição do ambiente é um elemento-chave: jogadores podem criar aberturas em paredes, pisos e tetos, o que oferece novas rotas e vantagens táticas. As balas perdem dano ao atravessar superfícies. Defensores podem usar fortificações e escudos, que são vulneráveis a explosivos e gadgets de operadores.
A verticalidade também é explorada com o uso de rapel e explosivos em tetos e pisos. Itens como granadas e cargas são limitados, exigindo uso estratégico.
Tom Clancy’s Rainbow Six Siege no E-Sports
Com o objetivo de adaptar o jogo ao cenário competitivo, a Ubisoft estabeleceu parceria com a ESL, e coletou feedback sobre o balanceamento. A inspiração em títulos como Dota 2, com ampla variedade de personagens, levou à introdução constante de novos operadores, e garantiu dinamismo tanto para jogadores quanto para espectadores.
Em março de 2016, a ESL e a Ubisoft anunciaram oficialmente a Tom Clancy’s Rainbow Six Pro League, voltada para jogadores de Windows e Xbox One. A equipe europeia PENTA Sports foi a campeã da primeira temporada.
Além da liga, a Ubisoft organiza o Six Invitational, o seu principal torneio anual. Em 2018, o evento alcançou 321 mil espectadores na Twitch. Comparado a Counter-Strike: Global Offensive, o R6 se mostrou uma forte promessa para o cenário competitivo, embora ainda não tenha superado os líderes de audiência.
Segundo o site Esports Earnings, entre 2016 e 2024, foram distribuídos cerca de 50 milhões de dólares em prêmios. Desde 2020, o Six Invitational tornou-se o torneio com maior premiação da franquia, chegando a 3 milhões de dólares divididos entre 16 equipes.
O Brasil é destaque na modalidade, a NiP venceu o mundial em Paris (2021), seguida pela W7M (2024) e pela FaZe Clan, campeã em Boston (2025). A edição de 2025 registrou média de 130 mil espectadores durante as transmissões.
Curiosidades do Tom Clancy’s Rainbow Six Siege
Confira a seguir alguns fatos interessantes sobre Rainbow Six Siege:
- Atualizações constantes: desde 2015, o jogo recebe novos operadores, mapas e ajustes frequentes, mantendo-se atual e competitivo.
- Comunidade ativa: a base de jogadores é engajada, com torneios regulares, streamers populares e eventos especiais como o Six Invitational.
- Habilidades exclusivas: cada operador possui uma habilidade que pode alterar o rumo da partida. Hibana, por exemplo, pode perfurar paredes à distância, enquanto Caveira revela a localização dos inimigos.
- Modo “Situações”: presente no lançamento, servia como tutorial para ensinar as mecânicas e o uso de operadores.
- Origem literária: a franquia é inspirada nos livros de Tom Clancy, e mantém o tema de operações táticas, embora não siga tramas específicas.
- Operadores brasileiros: Caveira e Capitão representam o Brasil no jogo, como membros do BOPE.
- Eventos temáticos: modos como “Halloween” e “Zumbi” trazem visuais e mecânicas temporárias e diferenciadas.
- Crossplay e progressão cruzada: implementados em 2022, permitem jogar entre plataformas da mesma geração e manter o progresso em diferentes dispositivos.
- Representatividade LGBTQ+: o jogo inclui operadores como Osa, uma engenheira trans, e Sens, pessoa não-binária.
- Mapas inspirados em locais reais: alguns cenários remetem a pontos icônicos como a Torre Eiffel (França), a Favela (Brasil) e o Consulado (Marrocos).
Foto: Divulgação / Ubisoft
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